15 de junho de 2013

Meu repúdio à matéria de jornal

Quem passa, vez em quando por aqui, sabe que há mais de um mês estou quieta!

E não é por falta de assunto. 

Tenho lido muitas coisas bacanas, especialmente de literatura (infantil) e sobre ensino de língua e literatura...

Tenho assistido aulas na educação infantil, realizadas pelos/as alunos/as do quarto ano do curso normal, que me enchem de alegria e de orgulho... Não é que aquela gurizadinha que conheci, em 2010, cresceu, se transformou...  Agora, os meninos e as meninas são professores/as em construção - como todos/as nós!

Tenho (re) encontrado professoras, nas minhas andanças pelas escolas de educação infantil do município, nossas ex-alunas, que têm brilho nos olhos quando falam das turmas com que trabalham, que recordam os tempos de Elisa com carinho...

Queria compartilhar tudo isso!

O que me falta é tempo!

Para cumprir o que assumi como professora do curso normal (literatura, língua portuguesa, didática da linguagem, comissão de estágio), tive que reorganizar algumas coisas... por exemplo, parei a especialização, não consegui dar conta das leituras nem das atividades propostas... isso, de certa forma, me frustrou, detesto deixar coisas pelo meio... porém, não houve alternativa... fazer por fazer, apenas, para receber o título, nem pensar...

E, é claro, deixei um pouco de lado o Ufa! :( Que, hoje, sai da hibernação...

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(Clica na imagem para ampliar)

Preciso escrever a minha indignação: realmente, a mídia (eta, palavrinha gasta!), seja nacional, regional ou da aldeia, vive  de "erros" que viram verdades.  

Acho que funciona assim: alguém faz uma denúncia (e a "fonte" é sempre "protegida"), quem escreve no jornal  apura de maneira rápida os fatos e, pronto, publica!

E quando se trata de educação e de escola, melhor ainda! Todos se acham no direito de meter a colher!

Ainda mais que há estereótipos que valem a pena ser mantidos: os professores são uns incompetentes, não sabem dar aula e, não bastasse isso, tratam mal os alunos!

Quando  descobrem que sou professora, a primeira  pergunta é sobre os adolescentes desrespeitosos com que trabalho, se é muito difícil "aguentar" os alunos... Frustram-se com a resposta: meus alunos são pessoas muito bacanas, com quem aprendo sempre! E adoro estar na sala de aula!

Trabalho numa escola em que a equipe diretiva, a coordenação pedagógica e o coletivo de professores e de funcionários  fazem toda a diferença:  empenhados em manter a qualidade da educação pública.

Todos os dias vejo gente comprometida, fazendo o melhor pela escola, mesmo que as condições de trabalho sejam, às vezes, desfavoráveis.

São mais ou menos mil e quinhentos alunos que se encontram no Elisa diariamente... crianças e jovens, alegres, entusiasmados, curiosos, questionadores...

Esse é o  Elisa!

Por isso,  repudio a matéria publicada no dia 11/06/13, no jornal Diário da Fronteira (imagem acima):
A redação do Jornal Diário da Fronteira recebeu, nesta terça-feira (11), denúncias de que um grupo de alunos do Instituto Elisa Valls estaria intimidando colegas nas dependências da escola e também fora. Essas informações dão conta de ameaças, ataques com pedras e canivetes, que apesar de relatos assustadores para os pais, não são o pior à que seus filhos estão suscetíveis: agora, armas de choque e sprays de pimenta são os mais novos artefatos utilizados em brigas de adolescentes naquele que deveria ser o ambiente dos valores positivos – a escola.
E faço uma sugestão de pauta: acompanhar o trabalho desenvolvido no Elisa: minhas  aulas estão à disposição! ;)

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Enquanto escrevia esse texto, lembrei de dois casos: do deputado Ibsen Pinheiro e da Escola Base.




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